quarta-feira, 30 de março de 2011

Campanha: "Bem-me-quer-mal-me-quer - respeito pelas diferenças"








 O Comitê de Igualdade e Oportunidade do SINDSAÚDE-SP, com o apoio dos Coordenadores dos Coletivos: Elisete (Pessoas com Deficiência), Janete (LGBT), Renata (Juventude), Florisvaldo (Igualdade Racial) e Benedita (Muleres) iniciou à campanha de sensibilização: "Bem-me-quer, mal-me-quer - respeito pelas diferenças" com a finalidade de ampliar o debate  temático com o objetivo de promover ações de políticas transversais para o fortalecimento da luta.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Igualdade e Oportunidades e Combate a Discriminação


Política de igualdade de oportunidades e combate à discriminação:
Mulheres, Juventude, Racial, LGBT e Portadores de Necessidades Especiais.

O SindSAÚDE-SP, desde a sua fundação, sempre lutou por políticas de igualdade de oportunidades e combate à discriminação. Muitas vezes esse tema era pautado muito mais por uma sensibilidade de um(a) dirigente ou militante que ao participar de fóruns de debate e discussão sobre essa temática percebia a necessidade de envolver o Sindicato nessa luta e com isso somar esforços e ações de enfrentamento.

Com o passar dos anos fomos percebendo que esses temas eram importantes porque traziam uma dimensão de luta social que extrapolavam os limites da nossa atuação sindical mais tradicional e imediatista e mais do isso, nos fazendo enxergar como a discriminação se manifesta dentro e fora dos locais de trabalho.

A luta das Mulheres foi pioneira neste aspecto. Um luta árdua, difícil mas que com o tempo foi demonstrado sua importância e conquistando espaços cada vez mais significativos no Movimento Sindical e na Sociedade.

Na seqüência, a luta contra a Discriminação Racial, desvendou evidências que até então não nos permitiam perceber pelo fato de nos fazerem acreditar que o Brasil é um país multi-racial e que portanto a discriminação era algo de um passado marcado pela escravidão do povo negro em nossa história.

A questão da Juventude passou a ser debatida de forma mais central na medida em que fomos percebendo o ‘envelhecimento’ das nossas lideranças sindicais, e em nosso caso, a não realização de concursos público tornando nossa categoria cada vez mais envelhecida, o que não quer dizer desmotivadas para luta, mas sabemos que a Juventude é o momento maior de efervescência e disposição em transformar o mundo.

Os trabalhadores e trabalhadoras do segmento LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros, por uma série de dogmas religiosos, e pré-concepções determinadas pelo padrão socialmente dominante, após décadas confinados em pequenos guetos passaram nos últimos anos a conquistar e assumir um papel importante no conjunto da luta da Classe Trabalhadora.

Já os trabalhadores e trabalhadoras Portadores(as) de Necessidades Especiais, tiveram que provar para sociedade que não são vítimas de um castigo divino ou de um carma espiritual, mas que adquiriram de forma genética, acidental ou através do envelhecimento natural uma deficiência que impede a realização das mesmas tarefas segundo os procedimentos estabelecidos para aqueles que não possuem essa deficiência.

Ainda em relação a isso, vale a oportunidade de refazer aqui um mal entendido a respeito da terminologia. O movimento social dos trabalhadores defendem o termo: Pessoas com Deficiência, porque é assim que se deve definir. Deficiência e não incapacidade. Ao mesmo tempo em que pedem para evitarmos o uso do termo Portadores de Necessidades Especiais, porque ‘necessidades especiais’ segundo eles, todos os serem humanos possuem, porque todos são especiais.

Vira e mexe e o debate sobre o uso adequado de terminologias para identificar um ou outro segmento sempre é pautado por esses movimentos. Mas seja qual for a terminologia o importante é que a sociedade e o Movimento Sindical passem a debater e formular ações capazes de promover a igualdade de oportunidades e o combate à discriminação dessas pessoas.

Ao pautar o debate sobre Igualdade de Oportunidades e Combate à Discriminação e nele congregar a luta das Mulheres, da Juventude, da Questão Racial, do segmento LGBT e das Pessoas com Deficiência, o SindSAÚDE-SP busca se aprimorar ainda mais sua política para essa área. Rompe com a possibilidade de segregação e possibilita que um coletivo ajude o outro a avançar na luta pela igualdade e no combate à discriminação. Não devemos nos surpreender se essa concepção política for irradiada para outras entidades sindicais, mais uma vez o SindSAÚDE-SP estará dando sua contribuição para a organização da classe trabalhadora.

A CUT, vem criando e consolidando cada vez mais espaços de debate e definição de políticas para esses segmentos. Mas reconhecidamente, devemos admitir que a ISP–Brasil (Internacional dos Serviços Públicos) tem dado nos últimos anos importantes contribuições neste tema de promoção da igualdade de oportunidades e combate à discriminação.

A ISP é a federação sindical internacional - sindicato global - para trabalhadores(as) de serviços públicos, agrupa mais de 600 sindicatos filiados em mais de 150 países. Juntos, estes sindicatos representam mais de 20 milhões de trabalhadores(as) de serviços públicos, que prestam serviço na administração pública, nos serviços sanitários e sociais, nos serviços municipais e das empresas de serviços públicos, como água, saneamento, energia elétrica, limpeza urbana, dentre outros.

A CNTSS/CUT é filiada a ISP-Brasil e através dela o SindSAÚDE-SP teve acesso a uma infinidade de publicações e participação em atividades de formação sobre vários assuntos de interesse dos Servidores Públicos, mas sem dúvida nenhuma foi através das sucessivas campanhas e atividades de promoção da igualdade de oportunidades e combate à discriminação que fomos instrumentalizados ainda mais para implementar nossas lutas.